O homem acusado pela estudante Beatriz Collares, 21 anos, de agredi-la na noite de 23 de julho em um estacionamento na Rua Serafim Valandro, não negou que tenha dado um tapa na jovem, mas afirma que ela o agrediu primeiro.
Relato de assédio e agressão feito por estudante de Santa Maria repercute nas redes sociais
Geremias Ferreira, 62 anos, diz que não é o dono do estabelecimento e, sim, pai do dono. Na manhã desta quinta-feira, ele conversou com o Diário e contou a sua versão sobre o fato. Ele conta que, naquela noite passou a noite no local para que o filho pudesse tirar uma folga.
Eu fico aqui esporadicamente quando ele precisa tirar folga. E quando tem festas aqui na frente, o pessoal sempre insiste para ir ao banheiro conta Ferreira.
O idoso explicou que, como o bar do lado cobra pelo uso do banheiro, muitas pessoas recorrem ao estacionamento para utilizar o local. Não é de praxe que se use o banheiro, mas às vezes os funcionários liberam para os jovens de graça.
Era a terceira vez que essa menina vinha ao banheiro. Nessa última vez, estava ela e mais três. Duas entraram no banheiro, e duas ficaram do lado de fora. Aí eu perguntei para uma delas: "tu é o homem ou mulher?". Foi aí que essa Beatriz me deu um tapa no rosto. Meu óculos caiu para baixo do carro, não enxergava direito. Aí eu revidei. Me deu raiva. Ela caiu, fez uma algazarra para acordar todo mundo conta.
A partir deste momento, segundo Ferreira, alguns jovens que estavam na frente da festa teriam ouvido os gritos da menina e entraram no estacionamento:
Começou a entrar gente aqui, e eu me assustei. Pensei: esses caras vão me matar a pau. A gente guardava um revólver aqui, e eu peguei a arma e coloquei na cintura. Mostrei para eles e pedi para saírem daqui. Vão saindo, eu disse. Aí, eles saíram, e eu voltei e coloquei o revólver ali na floreira, que fica aqui na frente, e me sentei. Foi quando chegou a polícia. Eles chamaram a polícia. Perguntaram onde estava a arma, acharam ela na floreira e aí me levaram. Fui para a penitenciária.
Sobre as acusações de assédio, Ferreira nega que as tenha cometido:
Tenho 38 anos de casado, por que eu iria assediar alguém? O aposentado da rede ferroviária disse que, naquela noite, as jovens estavam bastante alteradas e embriagadase pretende entrar com uma ação por danos morais contra a jovem.
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